← Back Published on

Relação entre doença cardiovascular e fatores moleculres

Ser cientista me fez perceber as sutis belezas do corpo humano. E ser farmacêutica me fez perceber a delicadeza da prática clínica.

Estudando aprendi a importância da multidisciplinaridade na clínica, e fez um diferencial na minha atuação profissional.

Quando lidamos com pacientes, lidamos com sentimentos. O carinho e atenção que transmitimos ao explicar sobre uma doença ou tratamento que nos conecta.

Pacientes com doenças cardiovasculares necessitam de uma atenção diferenciada pois já vêm de um tratamento medicamentoso e relutam em iniciar uma terapia alternativa, como práticas esportivas.

Por que? Simples, porque é muito difícil mudar um hábito e aceitar a mudança.

Como profissional da saúde sei da importância do nosso papel. E precisamos guiar nossos pacientes na compreensão de terapias auxiliadoras no tratamento medicamentoso.

Uma estratégia é educá-los com informações baseadas na ciência, e não apenas falar faça um esporte. As pessoas têm interesse em entender o porquê e como impacta a vida.

Um exemplo é utilizar um artigo científico na sua explanação. Com um estudo sobre fatores moleculares envolvidos na doença cardiovascular temos pontos interessantes:

💬 A obesidade deteriora as características moleculares das células endoteliais do coração, efeito similar ao avanço da idade.

💬 Essas células expressam os genes associados com a idade avançada, inflamação e interfere na estrutura dos vasos sanguíneos.

💬 E células perdem a sua identidade, gerando o dano cardiovascular.

Esses três pontos acima mostram que a obesidade, idade avançada e sedentarismo prejudica o coração, deixando-o fraco.

Mas quando falamos:

💬 Atividade física impede à expressão dos genes envolvidos com o envelhecimento.

💬 E também aumenta os vasos sanguíneos, deixando o coração forte e sadio.

Essa forma de explicar e educar é instrutiva e conecta com o lado humano do paciente.

Aos poucos você vai consegue atuar de maneira humana e com excelência.

Referência: Rudnicki, M., Haas, T.L., 2021. Exploring risk factors at the molecular level. eLife 10.. doi:10.7554/elife.68271.